quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Que tipo de RPGista é você?

Mais uma excelente matéria sobre o universo rpgistico 'surrupiada' descaradamente do Pensotopia, e antes que comecem com o 'mimimi' de "Quando vai ser a crônica da Madness" já aviso, vai ser quando os professores da fatec deixarem... de marcar provas e artigos! (quer saber um pouco sobre a Madness Combat, veja AQUI)

(matéria original AQUI, nada foi alterado nessa postagem)

O RPGista – por mais que alguns não gostem de classes- podem ser encaixados em categorias. Gostamos disso. Sério! Há uma enormidade de artigos classificando os tipos de jogadores e de mestre. E qual é a sua classificação quando você não está jogando?
A RAÇA

Não tem jeito. O rpgista não consegue se comportar como um praticante de um hobby qualquer. Esse nosso senso de minoria nos torna extremamente sociáveis uns com os outros. Há inclusive um limitado sexto sentido entre nós (“Humm, aquele cara joga RPG”).

Os RPGistas observam relações extremamente incomuns nos dias de hoje: abrigo e camaradagem. Um rpgista faz o possível para agradar outro que esteja chegando na cidade. O novato recebe acolhida, oferta de grupo de jogo, ou informações que demoraria séculos para um recém chegado numa cidade obter.
CREPÚSCULO (não é o filme)

Há uma nuvem negra no horizonte, ameaçando o futuro do RPG. Muitos temem, uns ignoram, outros não acreditam. O fato é que o rpgista só é rpgista de fato quando está jogando. Se apenas ouvir falar e nunca jogar nenhuma partida na vida, não o será. Mesmo lendo milhares de blogs, ouvindo podcasts e até comprando livros, no play, no game.

A quantidade de jogadores que se consegue atrair durante sua vida rpgista é limitada. Geralmente o dono dos livros, corre atrás de um grupo e ao reunir os 5 ou 6 indivíduos para formar um grupo, ele para de se preocupar com isso. Afinal, as vagas são limitadas e tudo que um mestre não quer é um jogador em potencial “pingorando” vaga na sua mesa. Inconsequentemente, o narrador sepulta vivo um futuro rpgista. Fazendo um paralelo com as espécies, é possível ver que a capacidade reprodutiva de um rpgista é limitada. Conte quantas pessoas você já conseguiu fazer jogar. Contou, agora compare com a contagem dos seus colegas de grupo e veja quanto o seu grupo conseguiu. Tire a média. Foi desapontador?

Pode se imaginar que essa “reprodução” é exponencial, mas não é assim que acontece. O grupo é uma entidade fechada em si mesma. Quando o tamanho ideal do grupo é alcançado, ninguém mais se interessa (ou deve) chamar mais jogadores. O primeiro jogador chama, cinco pessoas para jogar com ele, mas esses cinco, não chamam cada um mais cinco. Não há nenhum perigo malthusiano no RPG.

Para piorar, o tempo. Esta entidade dimensional conspira contra o grupo, afastando jogadores e desgastando amizades. Após anos de jogo, a turma pode se esfacelar. Conseguir formar, cada um, novos grupos é complicado. O rpgista é uma forma de vida frágil afinal.
A MILITÂNCIA (Lutar ou se esconder)

Apesar de tanta empolgação sobre o futuro promissor do RPG no Brasil ( algo entre o Gamão e o Banco Imobiliário), o jogo ainda não atingiu uma massa crítica. Ainda não alcançou o ponto de não depender mais de ninguém para se manter sozinho. É necessário sim empenho por parte dos praticantes para que o jogo não caia num espiral negra. Cada um age de várias maneiras: encontros, blogs, listas, fóruns, redes sociais ou simplesmente do modo tradicional ( você quer jogar RPG comigo?).

Nesse plano, quem são os RPGistas que encontro (a classificação surgiu de um papo com meu colega Zé Wilson, que já escreveu por aqui quando Macapá tinha internet):


- Xérox, eu disse, Xérox!!!!

O Ente – joga RPG há muito tempo. Seu grupo vive isolado, sem contato com nenhum outros grupos. Ás vezes nem sabem que outros ainda existem. Certos grupos exteriores sabem da sua existência, mas é perda de tempo chamá-los para sair da floresta densa que se encontram. Eles passam um tempão, num monólogo interminável, defendendo sua desaparição da civilização. Estão felizes com o grupo sólido que construíram – mesmo que não joguem RPG faz anos – e não se importam de não deixaram herdeiros.


- Nossas regras da casa ficaram ótimas!

O hobbit – Sabe que os outros jogadores existem, interagem vez por outra socialmente, mas não querem se aventurar em fazer nada diferente. Se forem os últimos jogadores da terra, ficarão mais felizes ainda. Se o RPG acabar será só para os outros, não será para eles.


- Fundamos a Axe-Hammer Editora Independente!

O anão – Querem ampliar o hobby de qualquer jeito. Os fins justificam os meios para eles. Os anões são muito preocupados com os aspectos comerciais e veem o RPG como um produto em primeiro lugar. Se acreditarem que a salvação se dará através de jogos usando palitos de dente, o farão. E aí de quem se opor a visão de mundo deles, são muito rabugentos.


- Não tenho tempo para jogar tudo isso.

O elfo - Acreditam que o hobby está amaldiçoado e precisam enfrentar a maldição até o fim dos tempos. Se opõem a visão dos anões e preferem manter o jogo de maneira gratuita e pura. Sabem que o mundo mudou e que nem sempre sua visão de mundo é mais correta, mas são apegados demais às tradições antigas para se curvarem aos novos tempos tão facilmente.


-Fim do RPG? Só se for para você!

O orc – ignoram os problemas do hobby. Quando informados, zombam que isso sequer existe. E se existir, que isso é uma tremenda baitolagem por parte de jogadores salvadores da pátria. O importante é jogar, quem não conseguir aproveitar, azar. Filosofia não é com eles, querem dados rolando e diversão!


- Traga para a mesa que a gente joga!

O humano – Os humanos sabem que deve ser feito algo, mas não bem o que, cada uma agindo da sua maneira. São mais pés no chão, menos idiotas e mais realistas. Contudo estão diante de um turbilhão de novidades e contaminados por diversas visões mais antigas. Por diversas vezes, são ignorados pelos jogadores mais antigos ou tratados como neófitos.

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