terça-feira, 29 de março de 2011

Boas Mães...


Lembro-me como se fosse ontem, a mesa de repleta pelo café da manha o sol na janela o quarto vazio, as mãos repletas de alimento, mas existia ali uma alma vazia.

Era bem cedo, mas já dava pra se ver as pessoas na rua, eu via tudo àquilo quase que hipnotizado pelo som das outras crianças ao correrem umas das outras, ao acertarem a bola na parede do meu quarto até mesmo ao ralar o joelho, eu sentia muito por não fazer aquilo. Era difícil ser quem eu era e eu decidi mudar daquele quarto vazio, daquelas janelas intransponíveis e a falta que o sol fazia na minha pele, foi quando eu descobri que eu precisava fazer coisas por mim antes de agradar as outras pessoas.

O quarto deixou de ser vazio, minha alma não pedia mais para que as algemas fossem tiradas, eu passei pela porta com uma mochila, alguns pensamentos e nunca mais olhei pra trás por um longo tempo, e hoje ao lembrar da ultima imagem em minhas costas daquela porta de madeira toda aranhada e sem tinta pelo tempo, mas a casa de cor amarela e descascada continuava intacta lá já não residia mais aquele menino sem feitos, lá não avia mais sonhos incompletos e agora ao ver a mesma porta em minha frente não parece nada fácil passar por ela para ouvir de novo aquela voz serena que senti tanta falta, só fico imaginando se ela me entenderia porque fiz tudo aquilo como queria ter ficado mas não seria eu mesmo nesse instante tão cheio de pelos e cortes profundos na alma esperando um só abraço da pessoa mais importante da minha vida, como se toda coragem que virei as costas senti como se ela não existisse naquele momento mesmo com a falta de ar e o frio na barriga consegui como se num reflexo bater a porta, segundos depois ouvi passos vagarosos mas tranqüilos como se soubessem sempre aonde vão chegaram até a porta o som dos trincos e da fechadura me trouxeram de volta aquele lugar mas o melhor foi ser paralisado por aquela sensação que poucas vezes sentimos em nossas vidas pela surpresa de ver uma pessoa realmente especial e nesse clima intenso apenas ouvi:

- Filho!...

- Mãe....Você...Quer dizer...Eu...

Sem mesmo esperar aquela reação é como se tivesse feito aquilo varias vezes as poucas palavras foram interrompidas por um forte abraço, lagrimas e o mais importante amor, aquele mesmo amor que me fez em nove meses, que trocou minha primeira frauda, que me amamentou e não hesitou em me trazer ao mundo mesmo que isso danificasse seu corpo, mesmo que com isso nascessem rugas e cabelos brancos antes do tempo, mesmo com tantas coisas ela preferiu passar por tudo isso pra me ter...

“...Jamais uma mãe deixa de chamar seu filho por seu devido nome, como um filho não deve nunca deixar de amar sua mãe...”

Ps: o texto foi inspiração após ouvir uma criança que disse que o que ela mais queria ela que sua mãe tivesse tempo de dar carinho e brincar com ele...Isso só prova que ainda existe muitas coisas que nos fazem ser quem somos e que a luta pelo outro não seja em vão.

Link da foto

3 comentários:

  1. nossa Dead, realmente isso é que é INSPIRAÇÃO! Super Beijos.

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  2. RÁÁÁÁÁÁ,
    Meu blog, meus créditos!
    Viva na minha sombra GuSoad!

    !FUCK YEAH!

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  3. Todo mundo acha que o Dead faz todos os posts... eu me demito hahaha

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