quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Dia 17 – Sexta - Mostra Cinema SESC Araraquara – 1959 – o ano mágico do cinema francês

A mostra aborda filmes marcantes da Nouvelle Vague, movimento contestatório dentro do cinema francês, que aconteceu no fim dos anos 50 e começo dos anos 60, e ficou influenciou o cinema mundial.

A programação tem filmes dos diretores Claude Chabrl, Alain Resnais, François Truffaut e Jean-Luc Godard.

Pickpocket – O batedor de carteiras
(Pickpocket) I Direção de Robert Bresson I França I 1959
Sessão às 14hs
79 minutos
Recomendação etária 10 anos
O filme é retratado de modo autobiográfico, com o personagem principal, Michael (Martin LaSelle), descrevendo os acontecimentos que se desenrolam ao longo da trama.
O relato se inicia na primeira tentativa de roubo frustrada de Michael, em um hipódromo. O protagonista é pego mas acaba se livrando devido à falta de evidências contra ele. A partir de então o que se nota é um desenvolvimento das artimanhas utilizadas pelo protagonista para abordar pessoas e afanar seus pertences pessoais com muita destreza, muitas vezes junto com cúmplices, alguns dos quais lhe ensinam vários dos truques apresentados ao longo da película. Concomitantemente, Michael recebe a notícia de que sua mãe está muito doente, à beira da morte e, ao visitá-la, conhece Jeanne (Marika Green), uma vizinha responsável pelos cuidados da sua progenitora. Forma-se aí uma relação afetuosa que posteriormente teria motivado a tentativa do protagonista de abandonar a compulsão por bater carteiras.
Como de costume no trabalho de Bresson, as análises psicológicas abstêm-se em favor da representação fisionômica impassível e visual recortado em ordem de focalizar a regeneração espiritual de Michael.

Hiroshima, meu amor
(Hiroshima mon amour) I Direção de Alain Resnais I França/Japão I 1959
Sessão às 16hs
90 minutos
Recomendação etária 14 anos.
Alain Resnais começou a sua carreira produzindo curtas-metragens e documentários, mas foi com a estréia do seu primeiro longa-metragem, “Hiroshima Meu Amor”, que o diretor conseguiu se afirmar como um dos grandes nomes do cinema. A obra, clássico do movimento “Nouvelle Vague”, ganhou o Prêmio Internacional da Crítica no Festival de Cannes, no ano de 1959.
O filme narra o encontro entre uma atriz francesa e um arquiteto japonês, nos anos de 1950, em uma Hiroshima destroçada pela bomba atômica. A estrutura narrativa usada por Resnais é repleta de artimanhas temporais, que descontinuam as ações, enlaçando passado e presente dos personagens.

Os incompreendidos
(Lês quatre cents coups) I Direção de François Truffaut I França I 1959
Sessão às 18hs
99 minutos
Recomendação etária 14 anos.
O filme segue a infância de Antoine Doinel. Seus pais não lhe dão muita atenção, então ele mata aula para ir ao cinema e sair com seus amigos. Certo dia, ele descobre que sua mãe tem um amante.
É o primeiro longa de François Truffaut, que viria a acompanhar a vida do personagem em outros filmes.

Quem matou Leda?
(À doublé tour) I Direção de Claude Chabrol I França/Itália I 1960
Sessão às 20hs
110 minutos
Recomendação etária 14 anos.
Esse é o primeiro filme a cores de Claude Chabrol e o seu terceiro longa-metragem, e é também um dos primeiros em que o diretor, que foi um dos fundadores da Nouvelle Vague, inspira-se no seu mestre Alfred Hitchcock (por sinal, também o cineasta preferido de François Truffaut, outro ícone do movimento). No longa Chabrol aborda um caso criminal com implicações sociais, ressaltando além da intriga o ambiente em que vive as personagens, uma classe social que esconde a sua face deprimente no luxo que pode comprar. Por essa temática envolvente, ele é tido como uma obra-prima do gênero.

Acossado
(À bout de Souffle) I Direção de Jean-Luc Godard I França I 1959
Sessão às 22hs
90 minutos
Recomendação etária 12 anos.
Acossado é um filme francês em preto e branco, do gênero drama e policial, realizado em 1959 por Jean-Luc Godard com roteiro baseado em história de François Truffaut.
É considerado um filme cult e emblemático da nouvelle vague. Foi o primeiro longa-metragem de Jean-Luc Godard. O filme foi rodado em menos de quatro semanas. O diretor Jean-Luc Godard conduziu o filme sem um roteiro concluído, basicamente improvisado. Godard escrevia as cenas pela manhã para que fossem filmadas depois. Para que os atores atuassem de forma mais espontânea, Goddard só lhes entregava as falas à medida que as cenas eram realizadas.

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