Eu admito que gosto de filmes românticos. Não por força maior, estou solteiro no momento, mas porque de vez em quando é legal ver alguma coisa sem explosões, tiroteios ou Sylvester Stallone.
Dito isso, admito que eu não estava muito empolgado para assistir “Um Homem de Sorte”. Não porque me parecesse ruim ou por preconceito com este gênero (acho que já deixei claro que isso não é um fator), e sim porque eu ainda estava deslumbrado com Os Vingadores e não tinha muito interesse em algo sem super heróis.
Mas devo dizer que apesar de não ter chamado minha atenção, gostei bastante deste filme. Com todos os seus defeitos e qualidades.
Aqui, conhecemos o fuzileiro naval Logan Thibault (Zac Effron), que está de serviço no Afeganistão. Após uma missão, ele encontra a foto de uma garota na zona de conflito, que torna-se seu talismã da sorte e salva sua vida inúmeras vezes.
Após voltar para casa, ele tem dificuldades em adequar-se a vida normal, então parte para uma cidade pequena, mais precisamente, a cidade de onde veio a dita foto. Quando finalmente encontra o seu “anjo da guarda” na forma de Beth Clayton (Taylor Schilling), ele não consegue lhe dizer a verdade e resolve trabalhar no abrigo de animais dirigido pela moça.
Assim, Logan começa a resolver todos os problemas da vida de Beth, literal e figurativamente falando, e o interesse de um pelo outro começa a despertar. Claro, o ex-marido ciumento e controlador da moça, (Jay R. Ferguson) torna-se um empecilho constante e então ficamos com a dúvida: pode o amor vencer tudo?
Serei muito honesto, o longa é um amontoado de clichês do gênero. Homem atormentado que foge para uma cidade pequena em busca de paz? Confere. Mãe solteira solitária que sonha com um homem perfeito? Confere? Ex-namorado que faz o papel de vilão e que todos queremos estrangular em menos de dez minutos de filme? Confere. Todas as convenções presentes em filmes românticos dão as caras aqui, sem falta.
Mas isso não chega a ser um problema, de verdade. O filme funciona
naquilo em que se propõe a fazer, que é levar a plateia aos suspiros, e
não tenta ser mais do que é: entretenimento simples para um público que
já tem interesse neste tipo de tema.
As atuações são bastante boas. Simples em sua maioria, mas que funcionam.
O grande destaque vai para Taylor Schilling, que faz Beth. Ela
funciona como a mãe solteira que tenta fazer tudo pelo filho, mas que o
usa como desculpa para não ter de encarar os próprios medos. Claro, ela é
a típica mocinha de filmes românticos, que tenta esconder sua
vulnerabilidade, mas que no fim depende muito do objeto de seu afeto.
Apesar de já termos visto este papel repetido infinitas vezes pelas mais
diversas atrizes, há um frescor no trabalho de Taylor, que consegue
tornar empática esta figura eternamente prisioneira dos erros de seu
passado.
Já Zac Effron não está tão bem quanto em papéis passados, pois ele
passa o FILME INTEIRO com a mesma expressão facial, mesmo nos momentos
de maior paixão ou tensão. Não chega a ser ruim como aquilo que vemos na
saga Crepúsculo por exemplo, mas é algo bastante notável.
Mas verdade seja dita, ele não está neste longa para atuar e sim para ser galan. Não se espante se sua namorada olhar para você durante o filme e fizer “argh”. É que você não é o Zac Effron… como 90% dos homens do mundo.
Mas verdade seja dita, ele não está neste longa para atuar e sim para ser galan. Não se espante se sua namorada olhar para você durante o filme e fizer “argh”. É que você não é o Zac Effron… como 90% dos homens do mundo.
Os demais membros do elenco fazem um bom serviço e vendem bem a
história. Riley Thomas Stewart está adorável como o filho de Beth e Jay
R. Ferguson é odioso como o típico valentão de cidade pequena que faz
Biff Tannen (de De Volta para o Futuro, já esqueceu?) parecer um bom
sujeito.
E claro, não podemos esquecer de Blythe Danner como a adorável avó de
Beth, sempre presente com aquela sabedoria prática de quem tem muitas
histórias para contar. A típica vovó que todos gostariamos de ter por
perto para nos aconselhar no dia-a-dia.
Carisma que condiz com a história. Eu não pediria por nada mais.
“Um Homem de Sorte” não é uma produção que irá mudar sua vida, mas
talvez mude seu fim de semana. Esta é mais uma história que nos mostra
como o amor pode vencer qualquer adversidade e embora muito do que está
na tela de cinema seja puro escapismo, há uma boa dose de realidade
também.
Que pessoa solitária nunca sonhou com um par perfeito que
simplesmente surge em sua vida, sem cargas emocionais ou drama, apenas
amor e compreensão? E quantas mães solteiras não são obrigadas a lidar
com os fantasmas de seus relacionamentos passados? A vida real não é tão
simples no tocante a resolução de problemas pessoais, mas o cinema pode
se dar este luxo.
E neste aspecto, “Um Homem de Sorte” tem sucesso absoluto.
Apesar de tudo, a maioria esmagadora de publico que saiu para ir ao cinema, ainda preferiu assistir "Os Vingadores" que já arrecadou 200 milhoes de dolares. Uma marca que supera ate o ultimo filme de "Harry Poter".
Para sugerir alguma matéria, encaminhe um email para modorusso@gmail.com
Copiado daqui
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