terça-feira, 27 de setembro de 2011

Animal?

Salve galerinha gente boa, esses dias resolvi limpar um pouco da poeira do me 'feice' e me deparei com um convite um tanto inusitado:


Realmente fiquei assustado ao ver o pobre cachorrinho na foto e ler sobre liberação de 'tortura de animais'... a primeira coisa que pensei foi: "Que tipo de monstro faria isso?". Pois bem, resolvi me aprofundar um pouco no assunto e levantei algumas duvidas.

No convite é citado a "Liberação da tortura de animais"... um pouco impactante não acham? Pois bem, a lei que foi citada se trada de um parágrafo acrescentado na lei de proteção animal já existente, sendo ele:
"Parágrafo único – Não se enquadra nessa vedação o livre exercício dos cultos e liturgias das religiões de matriz africana. "
Até o momento nada sobre tortura... pois bem, vejamos a justificativa para isso:
Diante dos direitos e deveres individuais e coletivos garantidos na Constituição Federal no art. 5º, especificamente no Inciso VI, " é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias ", ou do Código Penal sobre os crimes contra o sentimento religioso em seu art. 208: " Escarnecer de alguém publicamente, por motivo de crença ou função religiosa; impedir ou perturbar cerimônia ou prática de culto religioso; vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto religioso", faz-se necessária a apresentação deste projeto de lei que define, em parágrafo único, a garantia constitucional que vem sendo violada por interpretações dúbias e inadequadas da Lei nº 11.915, de 21 de maio de 2003 que institui o Código Estadual de Proteção aos Animais. Face a essa dubiedade de interpretação, os Templos Religiosos de matriz africana vêm sendo interpelados e autuados sob influência e manifestação de setores da sociedade civil que usam indevidamente esta lei para denunciar ao poder público práticas que, no seu ponto de vista, maltratam os animais.
Então a parada é específica para os cultos de religião africana... deverás interessante não acham. E sobre o projeto de lei de proteção, ele trata do seguinte:
Art. 1º Institui o Código Federal de Bem-Estar Animal, estabelecendo diretrizes e normas para a garantia de atendimento aos princípios de bem-estar animal nas atividades de controle animal, experimentação animal e produção animal, através da otimização dos processos de desenvolvimento econômico e científico, com o aprimoramento das técnicas e investimentos que garantam maior eficiência, lucratividade e operacionalidade, controle e prevenção sanitário-ambientais, capacitação e preservação das condições de bem-estar do trabalhador, bem como o atendimento à legislação e recomendações nacionais e internacionais.
Mais completo AQUI.

Sendo assim cheguei a conclusão de que esse apelo foi um tanto quanto sensacionalista, causando um impacto hediondo no leitor, assustando mais do que informando, sendo que o projeto de lei visa apenas defender o direito a crença religiosa, assim como certos cultos e religiões nacionais (que de certa forma possuem um pé na Africa) também se fazem valer de sacrificios animais (que pelo visto não merecem ser protegidos, já que até hoje ninguém se manifestou... me corrijam se estiver errado), devemos também levar em consideração que parte desses 'Africanos' praticantes dessas religiões não vieram para o Brasil a passeio e resolveram ficar, mas isso é papo para outra discussão.

Com base nos argumentos citados no 'convite', assumo uma opnião CONTRA essa campanha, que mais parece uma cruzada pela cabeça do politico Edson Portilho, como foi citado na matéria "Saiba quem é autor da lei que permite tortura e sacrifício de animais em rituais religiosos", destaque para a ultima linha da matéria:
Por isso, vamos garantir que ele nunca mais consiga se reeleger. Divulgue, para que Edson Portilho não se eleja para mais nenhum tipo de cargo.
Antes pegarem as pedras gostaria de repassar aqui uma matéria publicada no Aldeia Gaulesa que pode esclarecer um pouco mais sobre o assunto:

Inegavelmente o Twitter é uma ferramenta nova e poderosa para a troca de informações e interatividade. Ainda terá um amplo campo de crescimento no Brasil, possivelmente ocupando um papel cada vez maior na difusão de informação.

O Twitter, aliado aos blogs e a outras redes de relacionamentos, permite uma situação de amplidão nas trocas livres de opiniões, notícias e todo e qualquer tipo de manifestação, e a tendência é que o uso da ferramenta seja ampliado e fortalecido pelo ineditismo da possibilidade de rompimento com o bloqueio dos grandes meios de comunicação, principalmente quanto ao acesso e difusão do conhecimento. Se, afirmam que caminhamos para uma “sociedade do conhecimento”, nada mais potencialmente “revolucionário” que a construção de meios que rompam com a própria hegemonia na reprodução dos saberes.

Mas, se existe esta potencialidade, ela ainda tem um caminho a ser trilhado e que por vezes, a velocidade da difusão, aliada a um instantaneísmo de pouca capacidade crítica, permitem que se gerem alguns “mal-entendidos” e interpretações errôneas de alguns fatos.

Um exemplo disso ocorreu quinta-feira, 22 de abril, quando o “Trending Topics” do Brasil ou TTBrs, que é uma lista em tempo real dos nomes mais comentados no Twitter no país, constava no topo o nome do Edson Portilho. Me causou de imediato uma certa estranheza, afinal, o Professor Edson Portilho, da cidade de Sapucaia do Sul (região metropolitana de Porto Alegre/RS) não tinha realizado nenhuma ação, nesses últimos dias, que tenha ganhado amplo destaque nos meios de comunicação gaúchos.

Ao verificar do que se tratava, constava da aprovação de uma lei do Deputado Edson Portilho que permitiria a tortura e o sacrifício de animais. Descobri que esta denúncia, aparentemente, teve orígem em uma noticia vinculada pela Agência de Notícias dos Direitos dos Animais (ANDA) no dia 19 de abril. A informação original era descontextualizada, com informações vagas e sem informar muita coisa, fechava fazendo um pedido: “Divulgue, para que Edson Portilho não se eleja para mais nenhum tipo de cargo.” Em seguida foi noticiada por outros blogs e sites em uma difusão crescente, sendo atendida em seu apelo e, dois dias depois de publicada era o tema mais comentado no Twitter.

Passada a estranheza inicial logo percebi que se tratava de uma grande confusão, e que ganhava, rapidamente, um corpo de “verdade”. Para começar, Edson Portilho não é mais deputado desde 2006, atualmente é vereador em seu município de origem.

A suposta lei da “tortura” ao animais foi aprovada em 2004, e é uma lei de âmbito estadual, já que o Professor Edson era deputado estadual da Assembleia Legislativa do RS. Logo, apesar das “informações” que alguns difundiam, não é uma lei nacional, além de que, nenhuma lei é aprovada por vontade de apenas um deputado, é necessária maioria em plenário.

A lei que gerou a “campanha” com tons de denúncia, não fala de tortura de animais, mas versa a respeito das religiões de matriz africana, onde os animais utilizados nos cultos não são “torturados” com requintes de crueldade (como alguns afirmaram) e nem é irrestrita para todo e qualquer espécie de animal.

Neste aspecto, não deixa de transparecer um forte componente de intolerância religiosa, que na época da aprovação da lei, geraram sim protestos de alguns segmentos, como os ligados aos evangélicos e alguns “ambientalistas”. Mal disfarçando a intolerância com as práticas e manifestações religiosas de matriz africana, que não chega a ser uma novidade para os adeptos destas religiões, perseguidos historicamente em todos os cantos do Brasil.

Estes e outros aspectos deste tema não foram levados em consideração pelas milhares mensagens no Twitter, a difusão em blogs e sites, a criação de micro-blogs, de uma campanha “Fora Edson” etc. já davam vasão a um fato que, no mínimo, estava descontextualizado. Sem haver o menor cuidado em um principio básico de se verificar de onde vem a informação.

O saldo final não deixa de ser um tanto perverso e demonstra o mal-uso que uma potente ferramenta como o Twitter pode ter. Para muita gente, qualquer desmentido e recolocação dos fatos talvez não seja mais eficaz, pelo próprio caráter efêmero e instantâneo da “denúncia” e explicita o longo caminho que ainda temos para uma melhor capacidade crítica e cidadã da rede por um número maior de pessoas.
Por Erick da Silva
Link para matéria no Aldeia Gaulesa AQUI.

Pois é isso caros 'telespecleitores', firmo mais uma vez minha opnião contrária a essa cruzada ensandecida e fanática contra as supostas 'torturas com requintes de crueldades' e a caçada a cabeça do deputado Edson Portilho, devemos sim preservar e defender a vida dos animais, convencendo essas religiões de matriz africanas que sacrificio não é uma coisa muito legal (no sentido de 'cool', não de lei), mas respeitando o direito a sua religião, quero também deixar bem claro que esse post é apenas uma OPNIÃO MINHA E PESSOAL (EU, SR. D, O CHEFE), que não deve ser confundida com a opnião do blog como um todo, sendo que os outros autores podem ser contrários a minha opnião (vou apanhar da Kami depois dessa), e que ela foi formada com base nos artigos lidos, caso alguém tenha novos argumentos para apresentar sinta-se a vontade, nada me impede de mudar de idéia em virtude de uma boa e esclarecedora argumentação sensata.

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